AZULEJARIA DO DISTRITO DE PORTALEGRE

ACERCA

A coleção Azulejaria do distrito de Portalegre, da autoria de Teresa Saporiti e Raul Ladeira, constitui um inventário fotográfico dos azulejos neste distrito. A coleção, composta por 508 diapositivos e por fichas de investigação sobre as imagens recolhidas, encontra-se organizada alfabeticamente pelo nome do concelho e, dentro deste, pela designação do edifício.

Embora não constitua o elemento decorativo mais usual na arquitetura alentejana, o azulejo está presente em diversos contextos por todo o Distrito de Portalegre, representando as diversas fases da sua evolução. Eles podem ser vistos em igrejas, solares, capelas, fontes e bancos de jardim. Decoram as chaminés de Cabeço de Vide, animam as estações de caminho-de-ferro, recebem o visitante no Museu Municipal do Crato ou iluminam os interiores das capelas rurais. Os painéis historiados, aqueles onde se conta uma história, são das representações mais significativas em todo o Distrito.

Nesta diversidade de contextos de utilização encontram-se igualmente representados os grandes mestres da azulejaria como Gabriel del Barco, a quem são atribuídos os azulejos da Igreja de São Lourenço (Portalegre); António de Oliveira Bernardes, o possível autor de parte da azulejaria que reveste a sacristia da Sé de Portalegre; a Policarpo de Oliveira Bernardes são atribuídos os azulejos do Mosteiro de São Bernardo de Portalegre; ao pintor P.M.P. têm sido atribuídos alguns painéis da Igreja da Senhora da Orada em Sousel. (Saporiti, 2006).